A festa litúrgica de São Padre Pio acontece em 23 de setembro, dia em que celebramos a sua morte terrena e o seu nascimento para a vida eterna com Cristo. Ele morreu em 1968, aos 81 anos, após uma vida de dedicação às almas por amor a Jesus Cristo.
O nome Miguel, vem da língua Hebraica. É um nome em forme de uma pergunta: 'Quem como Deus?' É, na verdade, uma 'pergunta afirmação', pois 'ninguém é como Deus'.
Nossa Senhora de Fátima ou, formalmente, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é uma das invocações atribuídas à Virgem Maria e que teve a sua origem nas aparições recebidas por três pastorinhos no lugar da Cova da Iria, em Fátima, Portugal.
Será que o uso dessas práticas, mesmo na cultura
ocidental pós-moderna, não vem carregado de um sentido espiritual?
“Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis
figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor” (Lv 19,28).
Vemos, neste texto bíblico, a proibição de Deus ao povo de
Israel de fazer incisões na pele. Para não cairmos em fundamentalismos, temos
de ir ao contexto e descobrir a essência da mensagem. O que observamos é que o
uso dessas incisões são práticas idólatras dos povos pagãos que circundavam
Israel, e a essência é que não condiz com o seguimento do Deus Uno, qualquer
forma de idolatria; então, o corpo do homem não pode ser um espaço de expressões
idólatras.
A tatuagem e piercing têm alguma coisa a ver com isso? “A
expressão piercing tem sido usada para designar um tipo de adorno inserido por
perfuração em certas partes do corpo. Já a tatuagem é a pintura da pele com
pigmentos insolúveis e definitivos.” 1
Olhando assim, de forma objetiva, parece que a tatuagem e o
piercing não têm nada de censurável. Mas precisamos nos aprofundar no
significado deles. Penso que a análise da moralidade dessas práticas passa por
duas questões:
Significados que carregam
Primeiro: essas práticas geralmente estão relacionadas a
comportamentos tantas vezes velados, mas presentes, cheios de vaidade, sensualidade e irreverência. Mesmo que, na
intenção pessoal, isso não esteja claro, tatuagens e piercings, na nossa
cultura, carregam esses significados. Nesse sentido, o texto do Levítico não
está tão distante dessa realidade, porque vaidade, sensualidade e irreverência
são verdadeiros ídolos a quem o homem moderno presta culto e realiza
sacrifícios inescrupulosos. Mesmo que pessoalmente seja apenas uma atitude
adolescente de inclusão a um grupo, a motivação deste está envolvida com esses
valores.
Não nos enganemos, pois tudo o que fazemos com nossas
coisas, especialmente com o nosso corpo, comunica nossos valores e transmite
mensagens boas ou ruins. Usando isso, ainda que a intenção primeira não seja
essa, o usuário contribui para a valorização desses cultos, que tanto têm
destruído as virtudes contrárias a esses valores em nossa sociedade:
simplicidade, pureza e mansidão.
Alguém pode questionar que outras práticas normais, como o
uso de brincos e maquiagens, também podem ter um significado de culto à
vaidade, sensualidade e irreverência. Sim, isso é verdade. Mas essa exortação
vale também para elas, porque as práticas comuns, sem a virtude da temperança,
podem nos dispor a essas ciladas.
É significativo que, na maioria das culturas, especialmente
o piercing tenha um sentido religioso e espiritual. “A ideia hinduísta desse
objeto é que ele representa um contato, uma abertura para a atuação de
divindades nas mais variadas áreas da vida humana, cada uma representada por
uma parte do organismo. É interessante observar que o uso do piercing está tão
ligado a essas crenças hinduístas, que os locais de colocação (lábios, umbigo,
nariz, sobrancelhas entre outros) correspondem, exatamente, aos pontos
correspondentes aos chamados “chakras”, ou seja, centros de energia onde se
daria a interação entre o corpo e a mente, de onde se poderia estabelecer o
controle sobre eles.” 2
Será, então, que o uso dessas práticas, mesmo na
cultura ocidental pós-moderna, não vem carregado de um sentido espiritual? Será que não expõe, de algum modo, a
pessoa a realidades espirituais, uma vez que “vosso adversário, o demônio, anda
ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,8)?
Respeito ao corpo
Outra questão a se considerar é o respeito ao corpo, templo
do Espírito. Essa é uma forte exortação de São Paulo em 1Cor 6,12-20, e também
do Catecismo da Igreja Católica. Este, quando trata do quinto mandamento da Lei
de Deus – “Não matarás”–, além do evidente, fala também sobre a
necessidade do respeito à saúde (§§ 2288-2291), como um apelo moral do
cristão. Nesse sentido, o piercing e a tatuagem também não se harmonizam
com esses valores. De maneira geral, os profissionais de saúde contraindicam o uso
dessas marcas em nosso corpo, pois elas o expõem a uma série de complicações,
desde a transmissão de doenças contagiosas, no momento da aplicação, como da
Hepatite B (HBV), da Hepatite C (HCV) e do vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV), Sífilis etc., como complicações posteriores: infecções diversas,
dermatites, alergias e até há relatos de casos registrados de endocardite
infecciosa (uma infecção grave na camada interna do coração). Isso tudo, sem
contar que, no caso das tatuagens, a remoção posterior é difícil, podendo expor
a pessoa a novas complicações.
Quanto ao piercing, alguém pode perguntar se há alguma
diferença entre ele e o brinco usado nos lóbulos das orelhas. Sob o ponto de
vista da saúde, há muita diferença. O lóbulo da orelha é a região que apresenta
melhores condições, porque tem vascularização adequada (nem muito como a língua
e lábios; nem pouco, como nas cartilagens), é arejado, pouco exposto ao suor e
às secreções, e é de fácil higienização. Trata-se, assim, de uma região do
corpo com improváveis chances de complicações. Outra é a situação dos diversos
locais do corpo em que se costuma usar piercing, em que a exposição a riscos é
muito maior. Aliás, veja-se como a tradição de culturas civilizadas tem valor. Nela se escondem sabedorias que nem imaginamos.
O verdadeiro progresso social e cultural está em um novo que parte da tradição.
Respeita a beleza da pessoa
Ainda ponderando sobre o respeito ao corpo, será que a
tatuagem e o piercing respeitam a beleza da pessoa?
Penso que as aberrações que vemos por aí nos dão a pista da
resposta: não. Não, porque qualquer coisa que marque o corpo de forma estável
ou permanente comunica que ele não é tão bom assim, ele não é tão digno nem tão
belo, e precisa ser melhorado (isso seria diferente de uma prótese, que visa
justamente restaurar, em um determinado corpo, a integridade perdida, que é
própria do ser humano).
A Igreja não tem nenhum pronunciamento claro ou oficial
sobre essa questão. Mas ela nos dá os princípios da fé que, com o discernimento dos espíritos (cf. I Cor 10,12),
podemos, sim, ponderar e fazer um juízo sobre questões como essa. “O corpo,
porém, não é para a impureza, mas para o Senhor” (1Cor 6,13b).
Que seus princípios partam sempre da dignidade do seu corpo
para Deus, e que seus discernimentos busquem, em tudo, glorificar o Senhor.
Referências: 1. Dra Mannoun, Piercing e tatuagens na adolescência, o que você precisa saber. 2. Marcia Rezende, O que a Bíblia diz sobre o piercing.
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