terça-feira, 5 de abril de 2011
I - Introdução
O segundo momento do Grupo de Oração é a reunião de Oração. A reunião de oração é um meio privilegiado para a comunicação do batismo no Espírito e a conseqüente experiência de Deus. É, portanto, um dos principais momento da dinâmica da Renovação Carismática Católica.
A reunião de oração é informal, marcada antes de tudo pela espontaneidade dos participantes e pela abertura ao Espírito. Por isso mesmo, não existem esquemas rígidos nem propostas definidas para o seu desenrolar.
No entanto, a reunião de oração não se desenvolve de maneira indefinida e sem direção. Há um conjunto de orientações que imprimem a ordem e o respeito, proporcionando melhor ambiente para a atuação livre do Espírito Santo, evitando excessos e eventuais desvios. Portanto, o que se segue não tem a finalidade de enquadrar ou padronizar as reuniões, mas de auxiliar em sua condução e melhorar seus resultados.
II – Conceito
Reunião de Oração é o momento em que os participantes do Grupo de Oração se encontram, semanalmente, para a oração, especialmente o louvor. Esse momento é aberto para outras pessoas que poderão, a partir dele, começar a fazer parte do Grupo de Oração, iniciando uma caminhada de conversão e crescimento perseverante na fé.
Por isso mesmo, é comum que os participantes da reunião de oração sejam bastante diversos, a exemplo da multidão no dia de Pentecostes (cf. At 2, 1-13). Além dos perseverantes membros do grupo (aqueles que estão na reunião todas as semanas), é comum se introduzirem nela: curiosos, ociosos, desesperados, depressivos, revoltados, entre outros. Alguns vão à reunião por livre vontade, sem motivo aparente, ou simplesmente porque foram convidados; outros, notadamente os jovens, vão por causa da animação; existe, ainda, os que estão buscando algo para si ou para outrem (cura física, libertação das drogas ou da bebida, conversão de um parente ou amigo etc).
A reunião de oração é, por assim dizer, um momento pentecostal: com os corações compungidos (cf. At2,37), os fiéis são levados à vivencia da fé, na fraternidade e no comprometimento missionário. Nela, os carismas devem ser manifestados sem restrições, pois fazem parte do ver e ouvir que convencem aqueles que estão chegando. A reunião de oração não é:
a) Uma aula
Não se trata de um momento de ensino bíblico, teológico ou moral. Não se pode dizer nem mesmo que a reunião é um aprofundamento catequético, a não ser como realidade vivencial. O essencial é a experiência do batismo no Espírito, do louvor e da conversão. Portanto, apesar do seu caráter instrutivo e de se reservar um momento específico para a pregação, o mais importante da reunião de oração é a sua dinâmica de falar e ouvir de Deus.
b) Um grupo de discussão
A reunião de oração não é para discussão política, social ou mesmo religiosa, por mais importantes que sejam tais assuntos. Existem ou devem ser criados espaços propícios para esse tipo de debate. Sobretudo em pequenos grupos, é comum que no momento da pregação ou fora dele pessoas ansiosas por dizer algo ou com nível maior de politização, introduzam questões que podem gerar tumulto ou provocar dos presentes. A liderança da reunião deve acautelar-se contra tais coisas e conter habilidosamente essas pessoas.
c) Uma sessão de terapia
A reunião de oração não é um momento criado para descarregar tensões emocionais adquiridas durante a semana. Algumas pessoas fazem do tempo de oração semanal uma espécie de sessão terapêutica, para a retomada do vigor e do ânimo ou até a cura das emoções, o que acaba por acontecer no próprio desenrolar da oração quando a pessoa louva e experimenta a presença de Deus e não por rezar na expectativa de receber um favor. O mais importante não deve ser nem mesmo a cura do Senhor, mas o Senhor que cura. O que se há de buscar em primeiro lugar não é a saúde, mas a santidade. (...)
Se temos confiança na Palavra do Senhor, certos de que é mais fácil passarem o céu e a terra do que ela deixar de cumprir-se, confiaremos a Ele todas as nossas preocupações, porque Ele se preocupa conosco (cf. I Pd 5, 7). Ele é tão bom que nos responderá antes mesmo que o chamemos, o solucionará até que os problemas em nossas vidas.
d) Uma reunião social
A reunião de oração não pode se transformar numa simples ocasião para encontro de amigos, para tratar de assuntos de interesse comum ou para tomar lanche e chá.
A reunião tem finalidade muito bem definidas, centradas na pessoa de Jesus.
III – Finalidades
Podem ser indicadas pelo menos quatro finalidades principais de uma oração:
a) Para louvar o Senhor
Apesar de não se prescindir de outros tipos de oração (petição, intercessão, cura, etc), o louvor exerce um certo primado na reunião. A experiência da Renovação Carismática Católica é uma experiência de resgate da oração de louvor, centralizada na pessoa de Jesus muito mais que nas necessidades do orante.
Por isso, o louvor ocupa lugar privilegiado. Nele, o Senhor atua derramando graças. O louvor é como que o preparo que o Senhor comunique a sua palavra de forma atual, por meio das profecias. O centro da reunião de oração é Cristo, a alma é o Espírito Santo, e a finalidade é adorar, louvar e glorificar o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é também nosso Pai.
b) Para proporcionar a experiência do batismo no Espírito
Essa finalidade não deve ser colocada em plano secundário. Tampouco, o batismo no Espírito Santo deve ser considerado ponto ulterior a uma etapa de formação. Portanto, a reunião deve favorecer o derramamento do Espírito, proporcionando aos participantes uma experiência de Deus.
Essa experiência é quase sempre manifestada no interior das pessoas e constitui-se em ponto de partida para sua vida de conversão.
Apesar disso, o batismo no Espírito não deve ser confundido com uma experiência meramente subjetiva, embora possa trazer consigo uma boa carga de emotividade.
c) Para evangelizar querigmaticamente
A reunião de oração tem, por sua própria natureza, a facilidade em comunicar querigmaticamente o evangelho, sobretudo o amor de Deus e a salvação. Uma reunião conduzida na unção do Espírito pode fazer com que as pessoas descubram e sintam que Deus as ama incondicionalmente e que foi capaz de dar o Seu próprio Filho para resgatá-las do pecado assim, toda reunião de oração de oração é uma manifestação salvífica de deus.
d) Para construir a comunidade cristã
A reunião de oração também tem a finalidade de inserir as pessoas numa realidade comunitária. Ela constrói laços, gerando a necessidade da partilha e da comunhão. Assim, a reunião de oração induz a uma experiência religiosa mais freqüente e comprometida seja no próprio Grupo de Oração ou numa outra realidade comunitária eclesial.
É possível destacar como principais características de uma autêntica reunião de oração o fato de ela ser:
a) Centralizada na pessoa de Jesus
Conforme foi referido, o centro de cada reunião de oração é o Senhor Jesus. Ele é o pólo de atração da comunidade e a fonte donde emana toda a sua força. Uma autêntica reunião de oração é a cristocêntrica, eliminando toda perspectiva meramente individualista.
b) Carismática
A reunião de oração deve ser essencialmente carismática, tendo como principio dinâmico o Espírito Santo. A Renovação Carismática Católica caracteriza-se pelo uso abundante dos carismas. Portanto, será comum nas reuniões a oração em línguas, as profecias, as curas e também os outros carismas (cf. ICor 12, 4-11), todos ordenados à caridade.
Os dirigentes da reunião de oração não devem resistir aos carismas, por medo ou indefinição. Isso seria recusar o poder de Deus.
Os carismas são elementos normais da oração; ao contrário, a sua ausência é que seria de estranhar. Quando não aparecem esses sinais do Espírito, devemos analisar qual é o obstáculo que impede essa demonstração. A fé nos deve levar a deixar manifestar todos os seus dons e frutos.
Reuniões de oração sem carismas transformam-se em círculos oracionais comuns, talvez bastante frutuosos, porém fora do contexto pentecostal próprio da RCC. E não podemos ter um grupo de oração carismático se não queremos ter os dons do Espírito Santo, o poder do alto em ação.
c) Fraterna e alegre
A reunião de oração deve ter uma atmosfera de fraternidade e alegria, que faz as pessoas se sentirem acolhidas, amadas e felizes durante o tempo em que ali estiverem. Esse clima é que faz com que, muitas vezes, aqueles que vêm à reunião pela primeira sintam o desejo de voltar. A alegria, às vezes explosiva, é uma outra nota distintiva das reuniões de oração.
d) Espontânea e expressiva
Como dito, o encontro de oração é informal. A reunião não é uma solenidade, embora possa ter momentos com esse caráter. Sua marca é a espontaneidade dos participantes que, na liberdade do Espírito, sentem-se à vontade para louvar em voz alta, cantar, bendizer e gesticular.
Os gestos livres tornam a reunião expressiva, de maneira, de maneira que os bons sentimentos interiores dos participantes sejam ‘comunicados’ e suscitem outras atitudes interiores. A expressividade é também traço característico da reunião de oração da Renovação Carismática. Sempre que o homem ora, põe em jogo seu espírito, sua alma e seu corpo. É o homem inteiro que se dirige a Deus, que o escuta e se compromete com Ele. Por isso, levantar as mãos, aplaudir, mover-se e até dançar, são diversas manifestações da oração do homem...’.
e) Ordenada
Apesar de expressiva e espontânea, a reunião de oração deve ser marcada pela ordem (cf. I Cor 14, 26-40). Por isso, toda reunião de oração, por menor que seja, deve ter um dirigente principal. Mesmo a equipe que lhe auxilia não deve ‘passar por cima’ dos seus direcionamentos. A função da equipe auxiliar é ‘descobrir a vontade do Senhor para a assembléia e, ao mesmo tempo, ser um apoio de oração para o dirigente principal.
Esta equipe serve também como filtro para as profecias, testemunhos, visões e todo o tipo de manifestações carismáticas que surgem durante a reunião. Portanto, a equipe auxiliar ajuda o dirigente no discernimento dos passos a serem dados, mas deve sempre sugerir e não encobrir, para não comprometer a autoridade do dirigente e confundir a assembléia. O dirigente por sua vez, deve ouvir sempre os seus auxiliares , sabedor de que não domina o Espírito, mas precisa da ajuda dos irmãos no serviço.
O ritmo impresso pelo dirigente e sua equipe não deve impedir a ação do Espírito, mas, pelo contrário, facilitá-lo. Os dirigentes devem tomar cuidado para não monopolizar a oração inibindo a participação de todos. É também importante que se respeite o horário de início e para o fim, evitando-se assim problemas com outros compromissos, sobretudo com familiares.
V – Conclusão
A reunião de oração é o momento em que os participantes do Grupo de Oração, juntamente com outras pessoas, se reúnem para a oração. Tem como finalidades principais: louvar o Senhor, proporcionar e experiência do batismo no Espírito Santo, evangelizar querigmaticamente e construir a comunidade.
Para estar no contexto pentecostal da Renovação Carismática Católica, a reunião precisa ser: centralizada na pessoa de Jesus, carismática, fraterna e alegre, espontânea e expressiva, mas sobretudo, ordenada.
Extraído do Módulo Básico de Formação da RCC (Apostila 3)
O Dom de Curar no Grupo de Oração
O Dom de Curar no Grupo de Oração
Um Grupo de Oração que se reúne semanalmente para encontrar com Deus, lhe prestar culto de louvor e ação de graças, certamente será visitado pelo Senhor da vida.
As curas que ocorrem durante as reuniões de oração geralmente acontecem como resultado da perseverança de seus membros na vida carismática. É a partir da fé e da fidelidade à vida de oração, leitura da Palavra e freqüência às reuniões de oração que começa a se destacar em cada um a manifestação do Espírito para proveito comum (ICor. I 2,7), e nesta manifestação do Espírito alguns recebem o dom de orar por cura.
Com o passar do tempo, os participantes do Grupo de Oração vão percebendo e até mesmo reconhecendo que determinado irmão ou irmã tem o dom de orar pelos enfermos, o que na maioria dos casos leva, segundo o que temos visto, de quatro a sete anos de caminhada.
Mas o importante é ter em mente que o dom pertence ao seu doador, ou seja, ao Espírito Santo, e que este, de maneira especial tem derramado seus dons nas reuniões de oração e chamado alguns a este ministério.
As curas podem ocorrer em qualquer momento em uma reunião de oração carismática, desde seu início, até o final, pois Deus age como quer, quando quer e na hora em que quiser. Às vezes ocorrem curas sem que ninguém as peça, em um momento de louvor, por exemplo. Não são poucos os testemunhos de irmãos curados durante a reunião, sem que haja uma oração direta de algum servo para o restabelecimento de sua saúde.
A graça geralmente ocorre quando os membros do Grupo, dispostos e desejosos de deixarem-se usar pelo Espírito Santo, abrem-se ao dom, tornando-se canal de graça, intercedendo uns pelos outros, permitindo que o Senhor, por meio de suas orações, manifeste seu amor, curando os doentes; como sinal de sua presença.
Para que a cura ocorra constantemente no grupo de oração, os participantes devem ser motivados a experimentar todos os dons, aprender a orar pelos outros, sem se preocuparem de estar exercendo algum tipo de ministério. É necessário fazer experiência de orar uns pelos outros. São Tiago nos ensina "orai uns pelos outros para serdes curados" (tg. 5,16b).
O Senhor tem pressa e quer que aprendamos muito e rapidamente na caminhada em um Grupo de Oração. Para isso, somos levados a participar por períodos curtos em vários ministérios, motivados por uma vontade inexplicável de crescer e aprender.
É importante que os mais experientes incentivem os iniciantes que estão nesta busca de serem usados por Deus, levando-os a fazer vários cursos de formação e obter a experiências em todos os serviços, sem aquela obrigação de estarem atrelado a um ministério. Em outras palavras, não é necessário pertencer ao Ministério de Oração por cura e Libertação para orar pelos outros e nem tampouco ter feito encontros de formação neste sentido. Todos podem orar uns pelos outros, abrindo-se aos dons do Espírito Santo. À medida que os dons vão sendo exercitados, orando e servindo aos irmãos, a comunidade vai reconhecendo o carisma de cada um.
Se uma pessoa é reconhecida pela comunidade como alguém que ao orar pela cura de um doente é atendida por Deus, esta, certamente, tem um chamado ao ministério. E o sinal claro desse chamado é a insistência de irmãos pedindo orações ou trazendo pessoas enfermas para que reze por elas. Quando o carisma se torna ministério a partir do reconhecimento pela comunidade, então a pessoa deve ser incentivada, principalmente pelo coordenador do Grupo de Oração, a buscar formação específica por meio do Ministério de Oração por Cura e Libertação, no intuito de se aprofundar na doutrina do carisma e aprender com os mais experientes.
Em resumo, o que temos aprendido com esta intervenção do Espírito Santo é o seguinte: primeiro o Dom de Curar acontece na Reunião de Oração, depois, com o passar do tempo, o dom começa a se destacar em alguns de seus membros, e só então, esses membros reconhecidos pela comunidade passam a se dedicar ao ministério.
Pelo que vimos, devemos tomar cuidado e não ter pressa na formação de ministros de oração por cura para não queimar etapas.
Para nossa reflexão: Uma pessoa que nunca orou pelos outros, ou que até tenha orado esporadicamente, ao fazer um curso do Ministério de Oração por Cura e Libertação, está pronta para exercer tal ministério?
Provavelmente, não. Fazer o curso e receber informações ajuda, mas por si só não capacita alguém a entrar para o ministério.
Mas, se ao contrário, alguém que não tenha feito curso de formação, porém vem sendo procurado pelos irmãos de forma sistemática na busca de oração por cura, este sim, deve ser incentivado a fazer os cursos de formação e entrar para o ministério, buscando aprofundar-se na doutrina do dom e compartilhar com os irmãos as experiências adquiridas na caminhada.
Para esses é imprescindível que se aprofundem na doutrina do dom e, para isso, devem buscar conhecimento, não s0l'!'ente nos cursos de formação dados pelo Ministério de Cura e Libertação, mas também nas Sagradas Escrituras e Doutrina da Igreja.
Também é importante a experiência dos irmãos de caminhada e a vasta literatura hoje existente em nosso meio, em especial aquela oferecida dentro de nossa espiritualidade.
Seguem aqui alguns pontos que alguém que aspira ao Ministério de Oração por Cura não pode perder de vista:
1 - Ter sempre em mente que o Dom de Curar é um carisma do Espírito Santo para o bem comum e não para satisfação ou projeção pessoal;
2 - Como os demais dons, à exceção do dom de línguas, só acontecem quando Deus quer e na hora que Deus quer, pelo simples fato de não estar sob o domínio de quem ora e, por mais que haja fé, depende da vontade de Deus;
3 - É dado como sinal do amor de Deus por nós, geralmente para confirmar o anúncio do Evangelho;
4 - A maior motivação para o exercício do dom é, e sempre será, a caridade, sem se deixar levar pelo gosto do poder que o dom pode representar;
5 - Acontece com maior freqüência quando se abre à unção do Espírito, geralmente em assembléias de oração, tais como nas reuniões de oração, nos Seminários de Vida no Espírito, nas Experiências de Oração, nos retiros, Congressos e outros eventos semelhantes, ocorrendo" geralmente após um grande louvor, durante uma adoração ou momento de oração, mas podendo ocorrer também durante uma pregação ou proclamação da Palavra ou em qualquer momento em que o povo de Deus esteja reunido em seu nome, porque, como já foi dito anteriormente, o dom é do doador e é Ele quem escolhe o momento e a maneira de curar.
6 - É necessário desejar e pedir o dom ao Espírito Santo para se tornar um canal de graça para os irmãos;
7 - Quando se aspira ao ministério de cura, o certo é iniciar orando por enfermidades mais simples, sem se preocupar com resultados, após orar, entregar a Deus e deixar por sua conta os resultados, confiantes no seu poder, na certeza que depende d'Ele;
8 - É importante aprender a discernir. Às vezes, no inicio do ministério, tem-se à impressão que ao orar a cura vai ocorrer, o que, algumas vezes, não acontece. Mas, se, humildemente, refletirmos sobre a inspiração, pode-se concluir que o senhor não estava dizendo: "vai curar ... , mas, aprenda a orar para cura". Quando se sentir impulsionado a orar, ore, mas atento, porque o Senhor pode estar apenas lhe dizendo: aprenda a orar.
Aqueles que coordenam uma reunião de oração devem estar preparados e desejosos de que ela seja um transbordamento dos carismas, levando a assembléia de oração a se entregar ao Espírito Santo num clima de muito fervor e adoração.
É muito importante que o coordenador faça a graça acontecer, envolvendo todos os participantes da reunião de oração e que esses, em momentos próprios, orem uns pelos outros para obter as multiformes graças de Deus.
Um ponto privilegiado na reunião para se obter a cura e libertação é o momento quando o coordenador, movido pelo dom da fé, pode convocar todos os membros a fazerem um ato de arrependimento, uma renúncia ou uma entrega, oração esta que certamente será ouvida pelo Senhor Jesus através de libertações e cura.
Outro ponto ocorre geralmente no momento do silêncio e escuta que acontece logo após o grande louvor depois da pregação da Palavra e dinâmica de oração que se segue. Geralmente neste momento ocorrem revelações de cura, por meio de palavra de ciência dada a um ou outro servo. Curas e libertações ocorrem ainda quando se faz uma grande intercessão pelos enfermos onde todos oram uns pelos outros.
Curas acontecem também após uma pregação ungida onde, ao final, o pregador ou o coordenador da reunião pede ao Senhor que confirme a palavra com os sinais.
Enfim, são muitos os momentos em uma reunião de oração, em que a cura ocorre. Tem se visto grandes milagres durante o louvor, quando alguém apresenta ao Senhor Jesus uma pessoa muito enferma, com sério risco de morte (geralmente alguém que se encontra em alguma UTI de hospital), oportunidade em que o coordenador da reunião, após ouvir o clamor daquela pessoa, leva toda a assembléia a interceder pelo enfermo, pedindo a Jesus que vá àquele hospital e visite a pessoa necessitada. Milagres têm ocorrido quando todos oram.
O fato é que na vida da Renovação Carismática Católica, o Grupo de Oração é o local mais privilegiado para a manifestação do dom de curar. Podem surgir nesses grupos pessoas chamadas por Deus para exercer o ministério, mas a cura na reunião de oração é uma constante independentemente do fato do grupo já ter ou não ministros de oração por cura. Ademais todos aqueles que a comunidade reconheceu como tendo o dom de curar, deve vir para o Ministério buscar a formação especifica sobre o dom.
Taciano Ferreira Barbosa Coordenador Nacional do Ministério de Oração por Cura e Libertação
Artigo extraído do Encarte da Revista Renovação n°45, boletim n°34
Dom de Profecia do Espírito Santo
Dom da Profecia |
Em suas cartas enviadas a Comunidade de Corinto, falando sobre os carismas, Paulo, de uma forma particular chama a atenção ao Carisma da Profecia dizendo: ”Aspirai [...] aos dons espirituais; mas, sobretudo, ao de profecia” (ICor 14,1). E explica a importância desse dom: ”Aquele que profetiza, fala aos homens para edificá-los, exortá-los e consolá-los” (v.3). Para o apóstolo, essas três qualidades desse carisma ajudam a perceber o quão importante e necessário é ele dentro da comunidade, pois, ele edifica os ouvintes, sejam eles fiéis ou infiéis. Para melhor entender esse carisma, vamos abordar alguns tópicos importantes: 1. A Profecia como carisma Podemos definir a profecia: É o dom pelo qual Deus manifesta seus próprios pensamentos, de forma que tal mensagem possa ser dada por um indivíduo, por um grupo de indivíduos ou por uma comunidade. A profecia é “uma graça carismática pela qual Deus usa certo homem (pessoa) como instrumento para uma mensagem divina, destinada ao indivíduo ou à coletividade. Mesmo sendo evidenciado na Bíblia, em muitas situações, a profecia não se refere, necessariamente, ao futuro”. Por meio dele Deus usa alguém para falar o que pensa sobre alguma situação presente, ou qual é sua intenção para o futuro. O uso deste dom numa reunião de oração, serve para atrair a atenção dos presentes a Deus e aprofundar o seno de Sua presença. Assim, “o profeta transmite o pensamento de Deus para que se possa agir segundo esse pensamento. E essa transmissão vem de Deus e não da mente daquele que falar”. A profecia é um dom do espírito, destinado a revelar o pensamento do Senhor, é o que o Senhor deseja dizer ao Seu povo, agora. Apesar de ser um fato raro, a profecia não deve ser a proclamação de passagens bíblicas, mas quando isso ocorre, é porque Deus quer naquele momento relembrar a sua Igreja esta ou aquela mensagem ou mesmo uma verdade de fé, que esteja esquecida pelos presentes na assembléia. Pela nossa humanidade e por as vezes ter preconceito com aquele que passa a mensagem, não damos atenção a mensagem passada. Isto é um erro. No antigo Testamento Moisés nos dá um belo exemplo de como agir nestas situações ao receber um pedido de Josué para impedir Eldad e Medad de profetizar no acampamento, assim respondeu Moisés: “Prouvera a Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu Espírito” .(Nm 11-29) Assim, a profecia é como que fruto do derramamento do Espírito Santo na Igreja de Jesus. Os que têm o Espírito de Cristo poderão ser aptos instrumentos do Senhor para transmitirem as mensagens proféticas às assembléias. 2. A Manifestação da Profecia Geralmente, esse dom se manifesta na comunidade que ora e louva o Senhor, ouvindo a Sua palavra com o coração dócil e atento. Nos encontros de oração, o louvor inicial é fundamental para abertura do coração, pois o canto é um poderoso meio de atrair pessoas a Deus e preparar seus corações para a comunicação de Deus. Após o louvor ora-se pela presença plena do Espírito Santo sobre todos. Ouve-se a palavra de Deus escolhida pelo grupo de oração preparou para o encontro e medita-se a palavra. A seguir, convida-se para o canto em línguas que se estenderá por alguns minutos, faz-se um breve silêncio para que se possa ouvir a mensagem divina em seu coração e para que esta seja proclamada. O canto em línguas serve para deixar a mente limpa e aberta para a comunicação da mensagem divina. Estas mensagens não são frutos da mente, mas inspirações divinas e geralmente são proclamadas na primeira o segunda pessoa (do singular ou plural). Exemplo “Eu te amo, povo Meu...”; “Tu és meu rebanho escolhido...”; “Vós sois o povo de minha predileção”. 3. O ciclo carismático O ciclo carismático se dá com o uso de três elementos: louvor, oração e profecia.Quando aramos ao Senhor e dirigimos a Ele todo o nosso louvor, Deus nos responde com as palavras proféticas, usando as mentes e vontades livres, que se rendem a Ele para que a comunidade seja edificada, exortada e consolada. Este dom é muito edificante para aquele que o usa, pois se sente mensageiro de uma palavra que provém do coração do Pai celestial, transmitindo sua vontade, amor e misericórdia a Seus filhos. Geralmente a profecia começa com uma simples palavra inspirada na mente do profeta e esta vai se completando ao ponto de ser transmitida. Apesar de não ser um hábito comum, é importante a pratica deste carisma, pois assim ajuda no conhecimento da voz do Senhor ao ponto de não mais confundi-la com pensamentos surgidos na própria mente. É importante que a comunidade guarde, por escrito, as profecias; isso ajudará a confirmá-las quando se tornarem realidade no grupo. 4. Pode existir falsa profecia Quando acontece o anúncio de uma falsa profecia, logo a comunidade percebe que se trata de algo que não tem fundamento, nem o respaldo das Escrituras ou dos documentos da Igreja. Nestas situações o uso do dom do discernimento é fundamental na averiguação da profecia. A falsa profecia pode ser detectada pelos seus frutos: esta causa um mal-estar na comunidade, e a sensação de que o que se ouve nada tem de verdadeiro. Deus jamais inspirará uma profecia que contradiga o que Ele, anteriormente já inspirou (nas Escrituras e documentos da Igreja). Existem também as não-profecias e as psudoprofecias. As não-profecias, por vezes, podem ser palavras ungidas, mas não são profecias. As pseudoprofecias acontecem quando, alguém na tentativa de utilizar o dom, cede ao impulso de falar, sem prévio discernimento. Os lideres percebendo o acontecimento das pseudoprofecias por mais de uma vez, devem corrigir a pessoa. 5. Confirmação da profecia Uma profecia pode ser inspirada por Deus em mais de uma pessoa, quando a primeira profecia é proclamada, as outras pessoas, tendo-a recebido, de igual forma poderão, por sua vez, acrescentar: “Eu confirmo esta profecia”. Após a profecia ser proclamada, aconselha-se louvar ao Senhor e não aplaudir. Muitas vezes, esperamos que outros tenham recebido e que alguém confirme por nós antes que nos pronunciemos. Se agirmos sempre assim, não teremos experiência com o carisma da profecia. Tal temor é até lógico, principalmente no começo do uso do carisma na assembléia. Um fator muito importante é a entrega para o uso do carisma, pois Deus nos usa na medida em que nos tornamos disponíveis. 6. A unção da Profecia Segundo o Pe DeGrandis, a profecia é precedida pela unção, que se manifestam em sensações físicas, que com o tempo e prática do carisma tendem a desaparecer. A unção que precede a profecia é: Chave de percepção para saber que o Senhor vai nos falar; é um senso da presença do Senhor e um impulso, um movimento no intimo do nosso espírito. Os sinais físicos podem ser descritos assim: - um formigamento nos dedos; um calor pelo corpo todo e batimento acelerado do coração; - sensação de paz ou senso de amor ao Senhor, com formigamento nas mãos. É como se o Senhor falasse “Preste atenção, agora! Eu vou falar; ouça isto”! Não se deve lutar contra o que ouviu, nem mesmo analisar; deve-se falar. Sabemos, contudo, que nenhuma dessas sensações, por si mesmo, prova a autenticidade de uma profecia. Tais sensações são acompanhadas pela ação do Espírito Santo. Evite-se confusão: não se fique apenas nas sensações, aguardando qualquer modificação física, para se pronunciar uma profecia. 7. Efeitos da profecia: edificação, consolação e exortação Geralmente a profecia é dada dentro de um clima de oração, louvo, escuta da palavra e dom em línguas. Quando a comunidade orante se reúne, o exercício desse dom profético é mais facilmente praticado. No momento certo, pode-se pedir a profecia para alguém em particular ou para a necessidade da comunidade como um todo. A profecia ela pode vir para confirmar o que já está sendo realizado na comunidade, encorajando a todos a continuar, pois é a vontade do Senhor. Ela pode vir para revelar uma missão para a comunidade, e até mesmo para confirmar nos corações o amor de Deus e de seu poder ou um sentimento profundo da presença de Deus na comunidade, ou na vida de da pessoa a qual foi pronunciada a profecia. A profecia de edificação: esta fala da presença do Senhor junto ao Seu povo; presença que inunda a comunidade dom um senso especial de Deus. A comunidade percebe que o Senhor está com ela; o que lhe dá segurança na caminhada e a certeza de continuar perseverante no amor do Senhor; Profecia de exortação: o Senhor convida a comunidade a se deixar guiar por Ele; convida ao cumprimento de Seus divinos mandamentos e deveres religiosos; lembra a importância de se manterem unidos uns aos outros e, todos, ao Senhor. Recorda, ainda, que Ele é o Pastor que conduz o Seu povo predileto, que é o seu Deus, Senhor e Redentor; Profecia de consolação: o Senhor quer derramar Seu amor sobre Seu povo e curar-lhe as feridas; Ele é o Consolador do Seu povo, por excelência, e jamais o abandonará; nEle está a paz verdadeira, a plenitude dos anseios do coração humano. Nele podemos descansar o coração e a alma. Nele podemos confiar. São Paulo nos diz: Todos podemos profetizar (ICor 14,31). Precisamos de profetas que nos animem na caminhada de fé, que nos exortem nos momentos difíceis, que nos instruam nas sendas do Senhor e de Seus mandamentos.Fonte:Os Carismas do Espírito Santo - Pe. Isac Isaías Valle |
Efusão do Espírito Santo
- “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas até os confins da terra” (Atos 1,8) Jesus, desde sua encarnação até a oblação sacerdotal na cruz, cumpriu sua missão, como cordeiro imolado que, com o Seu próprio sangue, conquistou para a humanidade uma redenção eterna ao oferecer-se a Seu Pai, movido pelo Espírito Santo.
“Eis aí o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.O Espírito Santo, presente e operante na MISSÃO DE JESUS é o primeiro fruto do Seu Sacerdócio e do Seu Senhorio. “Exaltado pela direita de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou-o como vós vedes e ouvis”.(Atos 2,33).
Jesus glorificado, por sua vez derrama o Espírito Santo, pelo poder soberano de Deus, para que a Igreja se abrisse à vida, para que nascesse o novo Povo de Deus, para que se cumprissem as promessas aos antigos profetas e para que ficasse selada para sempre e em toda a sua plenitude a nova Aliança (Ler Jr 31,31-33; Ez 36,27; Is 59,21). Essa plenitude do Espírito Santo foi prometida a todos os que crêem em Jesus como Messias Filho de Deus, Salvador e Senhor.Jesus é o “Pleno do Espírito Santo” e tudo quanto faz, brota dele, é fruto da ação fecunda do mesmo Espírito.
Depois de sua ressurreição e antes de sua ascensão ao céu, Jesus transmite aos seus apóstolos as instruções sobre o Reino de Deus. Recomenda aos apóstolos que não se afastassem de Jerusalém para esperar o cumprimento da Promessa do Pai. “Eis que eu vos mandarei o Prometido de meu Pai. Ele vos recordará todas as coisas”.A promessa do Pai se identifica, pois, com o Espírito Santo. Com a vinda do Espírito Santo, a missão de Jesus alcançará a sua plenitude. João Batista havia dito: “Eu vos batizo na água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu… Ele vos batizará no Espírito Santo e no Fogo” (Mt 3,11).
Este é o ponto culminante da instrução de Jesus: os discípulos serão batizados no Espírito Santo. “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1,6-8). Esta afirmação de Jesus é uma chave: “Recebereis a força do Espírito Santo…”
Manifesta assim, a finalidade direta da Efusão do Espírito Santo que os apóstolos irão receber. Serão revestidos de uma força vinda do alto, receberão o Espírito Santo que é uma força divina, uma força de Deus. Será, pois, uma investidura de poder.
Em virtude dessa FORÇA DIVINA, os discípulos poderão, à semelhança de Jesus, plenos do Espírito Santo e no poder desse mesmo Espírito, proclamar a boa nova do Reino de Deus. (Ler Lc 4,1. 14.18.43; At 10,38). Essa mesma força do Alto transformará os missionários em testemunhas de Jesus ressuscitado e o seu campo de ação será o mundo “até os confins da terra…
”Obedecendo à ordem de Jesus, os apóstolos permaneceram em Jerusalém… “Todos perseveravam unânimes na oração com algumas mulheres e Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).
Ao chegar o dia de Pentecostes, estavam todos reunido no mesmo lugar, o pequeno núcleo de apóstolos com Maria, reunidos, juntos, união comunitário de concórdia, amizade e caridade. “De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam reunidos. Apareceram-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiam e repousaram sobre cada um deles” (At.2,3). Jesus subiu ao céu e de lá vem o Espírito Santo, força de Deus, que Ele havia prometido.
O vento impetuoso encheu toda casa indicando plenitude. As línguas como que de fogo, simbolizavam o Espírito Santo divino, purificador e santificador, que encheria a todos e os faria dar testemunho sobre Jesus, um testemunho como que de fogo.
O fogo, na Bíblia, acusa a presença de Deus. “E pousou sobre cada um deles e ficaram todos cheios do Espírito Santo. E começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito os fazia proclamar”.(Atos 2,3-4).
Movidos pelo Espírito Santo, os apóstolos começaram a falar em outras línguas e proclamavam “As grandezas de Deus” nos idiomas próprios dos ouvintes.
É a intervenção de Deus, é a ação salvífica de Deus que ressuscitou Jesus Cristo, seu filho, ao qual glorificou e lhe comunicou a plenitude do Espírito Santo.
E Jesus derramou esse mesmo Espírito sobre os apóstolos, transformados pela EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO, começaram a proclamar o testemunho de Jesus de uma forma nova e de maneira diferente, com FORÇA E COM FOGO que o Espírito Santo lhes transmitia.
A proclamação das grandezas de Deus era feita com um entusiasmo particular. Pedro, após a efusão do Espírito Santo, com uma pregação de três minutos, três mil pessoas foram convertidas, tal era a unção e poder em suas palavras. (Ler Atos 2,14-41).
O Espírito Santo está sempre presente na COMUNIDADE CRISTÃ, comunicando-lhe sua “força” e seu “poder” para que seus membros continuem a missão de ser “testemunhas” de Jesus, cheios de alegria…
O orar em línguas é um dos sinais de Efusão do Espírito Santo, mas não é o único e nem o necessário, nem todos receberão este sinal com a efusão. Pelos sacramentos, recebemos o Espírito Santo, mas continuamos medrosos, com pouca ação, tristes, angustiados, fracos, como os apóstolos antes da Efusão do Espírito Santo.
A promessa do Pai é para todos os que crerem em seu filho Jesus, é, portanto, para todos nós. Todos que desejarem, que buscarem, que pedirem ao Pai, em nome de Jesus, receberão esta plenitude.
“Vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem” (Lc. 11,13). Arrependei-vos e credes no Evangelho.
“Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” (Atos 19,2). Tomaram conhecimento da Efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos, conforme nos relata as escrituras? Precisamos das doações carismáticas do Espírito Santo, para que sejamos testemunhas das grandezas de Deus no mundo de hoje.
O Espírito Santo, a grande promessa do Pai, a alma de toda missão salvífica de Jesus, continuará, impulsionando os missionários de todos os tempos para que continuem levando o testemunho de Jesus até os confins da terra, pois, a BOA NOVA DO EVANGELHO não pode ser detida.
ORAÇÃO: Os apóstolos faziam orações pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo. Visto que não haviam descido sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus. Então lhes impunham as mãos e recebiam o Espírito Santo (At 8, 14,17). Ler, meditar o livro dos Atos dos Apóstolos, os textos citados e outros. Orar de preferência em grupo.
Precisamos da comunidade para receber com maior plenitude a Efusão do Espírito Santo: “Senhor Deus, criador do céu e da terra, que prometestes o Espírito Santo a todos que lho pedirem em nome de Jesus, concede a teus servos a Efusão do Espírito Santo para que possamos pregar a tua palavra com toda “força e poder”, para que continuemos a missão de sermos testemunhas de Jesus.”
Frutos que confirmam a Efusão do Espírito Santo em nossas vidas:Com nossa abertura ao Espírito Santo e à sua ação soberana, virão frutos de santidade e carismas para edificar a Igreja.
A vida nova do Espírito Santo gera frutos que se percebem aqui e ali…- Conversão interior radical e transformação profunda de vida;
- Luz poderosa para compreender melhor os mistérios de Deus e seu plano de Salvação;- Novo compromisso pessoal com Jesus Cristo;
- Abertura sem restrição à ação do Espírito Santo;
- Exercício ativo das virtudes teologais: fé, amor, esperança;
- Entrega generosa ao serviço dos demais, dentro da Igreja;
- Gosto pela oração e amor à Sagrada Escritura;
- Busca ardente dos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia;
- Revalorização da missão da Virgem Maria no plano da redenção;
- Amor à Igreja e suas instituições;- Força divina para dar testemunho de Jesus em toda parte;
- Anseio de um ilimitado campo de apostolado…
A Efusão do Espírito Santo é, portanto uma investidura de poder, não é um sacramento. O homem torna-se cristão mediante um processo que compreende:
- Conversão e a fé em Jesus Cristo;
- Recepção dos sacramentos de iniciação; batismo, confirmação, eucaristia. Todo aquele que recebeu os sacramentos da iniciação cristã torna-se Filho de Deus, foi incorporado a Cristo morto e ressuscitado, recebem o dom do Espírito Santo e pode participar da Eucaristia, banquete da Nova Aliança.A oração para “Efusão do Espírito Santo”, geralmente feita mediante a imposição de mãos, num gesto sensível de amor fraterno, consiste na oração, cheia de fé e esperança, que uma comunidade eleva a Jesus glorificado para que derrame seu Espírito, de maneira nova e em maior abundância, fazendo surgir na criatura um relacionamento novo com o Espírito Santo, para realizações das “Missões Divinas”.
(Palestra baseada nos livros: Renovação no Espírito Santo e O Espírito Santo na Igreja dos Atos dos Apóstolos, de Salvador Carrilho Alday, pela equipe de Comunicação da RCC).
“Eis aí o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.O Espírito Santo, presente e operante na MISSÃO DE JESUS é o primeiro fruto do Seu Sacerdócio e do Seu Senhorio. “Exaltado pela direita de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou-o como vós vedes e ouvis”.(Atos 2,33).
Jesus glorificado, por sua vez derrama o Espírito Santo, pelo poder soberano de Deus, para que a Igreja se abrisse à vida, para que nascesse o novo Povo de Deus, para que se cumprissem as promessas aos antigos profetas e para que ficasse selada para sempre e em toda a sua plenitude a nova Aliança (Ler Jr 31,31-33; Ez 36,27; Is 59,21). Essa plenitude do Espírito Santo foi prometida a todos os que crêem em Jesus como Messias Filho de Deus, Salvador e Senhor.Jesus é o “Pleno do Espírito Santo” e tudo quanto faz, brota dele, é fruto da ação fecunda do mesmo Espírito.
Depois de sua ressurreição e antes de sua ascensão ao céu, Jesus transmite aos seus apóstolos as instruções sobre o Reino de Deus. Recomenda aos apóstolos que não se afastassem de Jerusalém para esperar o cumprimento da Promessa do Pai. “Eis que eu vos mandarei o Prometido de meu Pai. Ele vos recordará todas as coisas”.A promessa do Pai se identifica, pois, com o Espírito Santo. Com a vinda do Espírito Santo, a missão de Jesus alcançará a sua plenitude. João Batista havia dito: “Eu vos batizo na água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu… Ele vos batizará no Espírito Santo e no Fogo” (Mt 3,11).
Este é o ponto culminante da instrução de Jesus: os discípulos serão batizados no Espírito Santo. “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1,6-8). Esta afirmação de Jesus é uma chave: “Recebereis a força do Espírito Santo…”
Manifesta assim, a finalidade direta da Efusão do Espírito Santo que os apóstolos irão receber. Serão revestidos de uma força vinda do alto, receberão o Espírito Santo que é uma força divina, uma força de Deus. Será, pois, uma investidura de poder.
Em virtude dessa FORÇA DIVINA, os discípulos poderão, à semelhança de Jesus, plenos do Espírito Santo e no poder desse mesmo Espírito, proclamar a boa nova do Reino de Deus. (Ler Lc 4,1. 14.18.43; At 10,38). Essa mesma força do Alto transformará os missionários em testemunhas de Jesus ressuscitado e o seu campo de ação será o mundo “até os confins da terra…
”Obedecendo à ordem de Jesus, os apóstolos permaneceram em Jerusalém… “Todos perseveravam unânimes na oração com algumas mulheres e Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).
Ao chegar o dia de Pentecostes, estavam todos reunido no mesmo lugar, o pequeno núcleo de apóstolos com Maria, reunidos, juntos, união comunitário de concórdia, amizade e caridade. “De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam reunidos. Apareceram-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiam e repousaram sobre cada um deles” (At.2,3). Jesus subiu ao céu e de lá vem o Espírito Santo, força de Deus, que Ele havia prometido.
O vento impetuoso encheu toda casa indicando plenitude. As línguas como que de fogo, simbolizavam o Espírito Santo divino, purificador e santificador, que encheria a todos e os faria dar testemunho sobre Jesus, um testemunho como que de fogo.
O fogo, na Bíblia, acusa a presença de Deus. “E pousou sobre cada um deles e ficaram todos cheios do Espírito Santo. E começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito os fazia proclamar”.(Atos 2,3-4).
Movidos pelo Espírito Santo, os apóstolos começaram a falar em outras línguas e proclamavam “As grandezas de Deus” nos idiomas próprios dos ouvintes.
É a intervenção de Deus, é a ação salvífica de Deus que ressuscitou Jesus Cristo, seu filho, ao qual glorificou e lhe comunicou a plenitude do Espírito Santo.
E Jesus derramou esse mesmo Espírito sobre os apóstolos, transformados pela EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO, começaram a proclamar o testemunho de Jesus de uma forma nova e de maneira diferente, com FORÇA E COM FOGO que o Espírito Santo lhes transmitia.
A proclamação das grandezas de Deus era feita com um entusiasmo particular. Pedro, após a efusão do Espírito Santo, com uma pregação de três minutos, três mil pessoas foram convertidas, tal era a unção e poder em suas palavras. (Ler Atos 2,14-41).
O Espírito Santo está sempre presente na COMUNIDADE CRISTÃ, comunicando-lhe sua “força” e seu “poder” para que seus membros continuem a missão de ser “testemunhas” de Jesus, cheios de alegria…
O orar em línguas é um dos sinais de Efusão do Espírito Santo, mas não é o único e nem o necessário, nem todos receberão este sinal com a efusão. Pelos sacramentos, recebemos o Espírito Santo, mas continuamos medrosos, com pouca ação, tristes, angustiados, fracos, como os apóstolos antes da Efusão do Espírito Santo.
A promessa do Pai é para todos os que crerem em seu filho Jesus, é, portanto, para todos nós. Todos que desejarem, que buscarem, que pedirem ao Pai, em nome de Jesus, receberão esta plenitude.
“Vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem” (Lc. 11,13). Arrependei-vos e credes no Evangelho.
“Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” (Atos 19,2). Tomaram conhecimento da Efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos, conforme nos relata as escrituras? Precisamos das doações carismáticas do Espírito Santo, para que sejamos testemunhas das grandezas de Deus no mundo de hoje.
O Espírito Santo, a grande promessa do Pai, a alma de toda missão salvífica de Jesus, continuará, impulsionando os missionários de todos os tempos para que continuem levando o testemunho de Jesus até os confins da terra, pois, a BOA NOVA DO EVANGELHO não pode ser detida.
ORAÇÃO: Os apóstolos faziam orações pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo. Visto que não haviam descido sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus. Então lhes impunham as mãos e recebiam o Espírito Santo (At 8, 14,17). Ler, meditar o livro dos Atos dos Apóstolos, os textos citados e outros. Orar de preferência em grupo.
Precisamos da comunidade para receber com maior plenitude a Efusão do Espírito Santo: “Senhor Deus, criador do céu e da terra, que prometestes o Espírito Santo a todos que lho pedirem em nome de Jesus, concede a teus servos a Efusão do Espírito Santo para que possamos pregar a tua palavra com toda “força e poder”, para que continuemos a missão de sermos testemunhas de Jesus.”
Frutos que confirmam a Efusão do Espírito Santo em nossas vidas:Com nossa abertura ao Espírito Santo e à sua ação soberana, virão frutos de santidade e carismas para edificar a Igreja.
A vida nova do Espírito Santo gera frutos que se percebem aqui e ali…- Conversão interior radical e transformação profunda de vida;
- Luz poderosa para compreender melhor os mistérios de Deus e seu plano de Salvação;- Novo compromisso pessoal com Jesus Cristo;
- Abertura sem restrição à ação do Espírito Santo;
- Exercício ativo das virtudes teologais: fé, amor, esperança;
- Entrega generosa ao serviço dos demais, dentro da Igreja;
- Gosto pela oração e amor à Sagrada Escritura;
- Busca ardente dos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia;
- Revalorização da missão da Virgem Maria no plano da redenção;
- Amor à Igreja e suas instituições;- Força divina para dar testemunho de Jesus em toda parte;
- Anseio de um ilimitado campo de apostolado…
A Efusão do Espírito Santo é, portanto uma investidura de poder, não é um sacramento. O homem torna-se cristão mediante um processo que compreende:
- Conversão e a fé em Jesus Cristo;
- Recepção dos sacramentos de iniciação; batismo, confirmação, eucaristia. Todo aquele que recebeu os sacramentos da iniciação cristã torna-se Filho de Deus, foi incorporado a Cristo morto e ressuscitado, recebem o dom do Espírito Santo e pode participar da Eucaristia, banquete da Nova Aliança.A oração para “Efusão do Espírito Santo”, geralmente feita mediante a imposição de mãos, num gesto sensível de amor fraterno, consiste na oração, cheia de fé e esperança, que uma comunidade eleva a Jesus glorificado para que derrame seu Espírito, de maneira nova e em maior abundância, fazendo surgir na criatura um relacionamento novo com o Espírito Santo, para realizações das “Missões Divinas”.
(Palestra baseada nos livros: Renovação no Espírito Santo e O Espírito Santo na Igreja dos Atos dos Apóstolos, de Salvador Carrilho Alday, pela equipe de Comunicação da RCC).
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